Trump começa com discurso expansionista e atrito com aliados
Trump começa com discurso expansionista e atrito com aliados
Presidente eleito dos EUA fala em tomar a Groenlândia da Dinamarca e aumentar tarifas de importação para México e Canadá
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tem adotado uma postura expansionista que está gerando atritos com aliados tradicionais. Entre suas declarações mais polêmicas estão:
Anexação da Groenlândia: Trump expressou interesse em incorporar a Groenlândia ao território dos EUA, uma ideia que já havia sido mencionada durante seu primeiro mandato. A ilha, atualmente território autônomo da Dinamarca, possui importância estratégica e recursos naturais que despertam o interesse americano.
Controle do Canal do Panamá: O presidente eleito sugeriu a possibilidade de retomar o controle do Canal do Panamá, não descartando o uso de força militar para isso. O canal é uma rota vital para o comércio internacional, e tal movimento poderia desestabilizar as relações com a América Latina.
Anexação do Canadá: Trump mencionou a intenção de tornar o Canadá o 51º estado dos EUA, uma proposta que, além de improvável, tem potencial para causar tensões significativas com o vizinho do norte.
Mudança do nome do Golfo do México: Em uma declaração controversa, Trump propôs renomear o Golfo do México para “Golfo dos Estados Unidos”, justificando que o México possui um déficit comercial significativo com os EUA.
Essas declarações têm gerado preocupações entre os aliados europeus e norte-americanos, que temem uma deterioração nas relações diplomáticas e comerciais. Especialistas apontam que tais ações poderiam isolar os EUA no cenário internacional e enfraquecer alianças estratégicas, como a OTAN, beneficiando adversários geopolíticos como Rússia e China.
Além disso, a estreita colaboração entre Trump e figuras da oligarquia digital, especialmente Elon Musk, ressalta uma ideologia ultralibertária com implicações profundas para a regulação tecnológica e a democracia europeia. A União Europeia enfrenta desafios para manter seu poder regulador frente a essa influência combinada, enquanto Trump e Musk apoiam partidos ultradireitistas na Europa.
Diante desse cenário, os aliados dos EUA estão em alerta, buscando estratégias para lidar com as possíveis mudanças na política externa americana sob a nova administração.