Caso do vereador de Jerônimo Monteiro detido nesta terça
Criminalistas avaliam o ocorrido e dizem o que pode acontecer com o vereador
O dia hoje, na pacata cidade de Jerônimo Monteiro, saiu do previsível e normal. Uma agitação e burburinho tomaram conta da cidade após o vereador Wagner Ribeiro Masioli (PSB), presidente da Câmara Municipal, ser conduzido para a Delegacia de Alegre.
A ação aconteceu na parte da tarde. A operação foi conjunta das Policias Civil e Militar do 3º BPM, localizaram um veículo, Fiat Toro de cor prata, em posse do referido vereador, porém a caminhonete estava com restrição de furto ou roubo. Então as autoridades removeram o veículo suspeito que foi encaminhado a UPJ daquele município.
Segundo informações da Polícia Civil, o vereador prestou esclarecimentos ao delegado e foi liberado. Mesmo que tenha sido liberado, o caso do vereador segue em investigação, já que a Polícia Civil abriu inquérito policial.
Segundo o advogado criminalista Felipe Ribeiro Sant’ana, o vereador provavelmente será indiciado pelo crime de receptação que é previsto no artigo 180 do Código Penal, com pena prevista de reclusão de um a quatro anos e multa.
O advogado afirmou, com exclusividade, a nossa redação que “O crime em questão se dá quando alguém compra, guarda, oculta produto que saiba ser crime ou também quando influencie terceiro de boa-fé a adquiri-lo, receber ou guardar este produto.”
O criminalista destacou ainda que “no momento, caberá a Autoridade Policial averiguar os fatos para saber se realmente há um crime no ocorrido, ou se o Senhor Wagner também foi vítima de um crime. Nestes casos, após o encerramento do Inquérito Policial, o mesmo será remetido ao Ministério Público que analisará as circunstâncias descritas no IP e decidirá se apresentará a denúncia ou não.”
Já na esfera política, quem explica os possíveis desdobramentos do ocorrido é o advogado e ex-deputado Luciano Cortez. Bastante ponderado o criminalista afirmou que “inicialmente deve prevalecer o princípio constitucional da presunção da inocência”
Perguntado se o ocorrido pode afetar o desempenho do mandato do Presidente da Câmara e suas atribuições como vereador, Luciano Cortez foi enfático: “Como qualquer pessoa ele tem o direito de exercer sua ampla defesa. Os efeitos sobre seu mandato só podem ocorrer depois de transitado e julgado uma possível condenação”.