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Doação de órgãos: maior desafio é superar a recusa das famílias
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa realizou nesta terça-feira (05) uma reunião para debater a doação de órgãos no Espírito Santo, reunindo profissionais da Secretaria Estadual de Saúde, entre eles a coordenadora da Central Estadual de Transplante, Maria dos Santos Machado, e o subsecretário de Regulação do Acesso em Saúde, Heber de Souza Lauar.
O sistema de doação de órgãos no Brasil é reconhecido internacionalmente. O país possui o maior programa público de transplante de órgãos do mundo, por meio do SUS, com um sistema normativo que garante justiça, transparência e equidade no acesso ao transplante.
Presidente da Comissão de Saúde da Assembleia, o deputado Dr. Bruno Resende destacou a importância de se comunicar às famílias o desejo de doar órgãos e acrescentou que ele próprio é doador.
“Não basta escrever, não basta documentar: tem que falar com os familiares, porque são eles que vão decidir se seus órgãos serão doados ou não. É importante conversar e deixar isso muito claro. Eu quero ser doador de órgãos, já conversei com a minha esposa e com a minha família. Peço que todos façam o mesmo, porque num momento difícil você pode salvar vidas”, disse o deputado.
Recusa familiar
A recusa familiar é o maior desafio do processo de transplante de órgãos, de acordo com a coordenadora da Central Estadual de Transplante, Maria dos Santos Machado:
“Observamos que as famílias não compreendem muito bem ainda o processo de doação. Talvez falte um pouquinho mais de capacitação das equipes que estão dentro dos hospitais, para que a família aceite de fato realizar a doação. Mas também a gente observou nos dados que a gente trouxe que a família não conhece o desejo desse doador. Então, uma vez que ela saiba da intenção de ser um doador, ela vai dizer sim. Vejo que precisamos falar mais sobre isso”.
No momento, há 44,9 mil pessoas na fila para transplante de órgãos no país. No ano passado, o Brasil ocupou a 4º posição no ranking mundial de transplantador hepático e renal, e 26º lugar em número de doadores efetivos, num levantamento de 45 países. No ano passado, o Espírito Santo ocupou a 9º posição no ranking em número de doadores efetivos.