Arquipélago brasileiro onde o Ano Novo chega 1 hora antes da maioria do país tem animais exóticos e rochas de plástico
Com acesso restrito e controlado pela Marinha Brasileira, ilhas estão localizadas a 1.140 quilômetros da costa do Espírito Santo
O Arquipélago de Trindade e Martim Vaz é um dos pontos mais remotos do território brasileiro, situado a 1.140 km da costa do Espírito Santo, no meio do Atlântico Sul. Composto pela Ilha de Trindade e outras ilhotas menores, como o grupo de Martim Vaz, o arquipélago é um exemplo de isolamento natural e preservação ambiental.
O arquipélago é controlado pela Marinha do Brasil, que mantém uma base na Ilha de Trindade. O acesso é extremamente limitado, sendo permitido apenas para fins militares, científicos e algumas poucas expedições autorizadas.
Espécies endêmicas, como aves marinhas e insetos, fazem parte da biodiversidade única da região.
É também um local importante para a desova de tartarugas-verdes, uma espécie ameaçada.
Uma descoberta recente chamou atenção para o impacto ambiental global: rochas formadas por plástico derretido misturado com materiais naturais, como sedimentos e conchas. Esses “plástiglomeras” evidenciam a extensão da poluição plástica nos oceanos.
O arquipélago reforça a soberania brasileira sobre a área de exploração econômica exclusiva no Atlântico Sul.
É também um laboratório natural para estudos de biodiversidade, geologia e mudanças climáticas.
Apesar de pouco conhecido pela maioria dos brasileiros, o Arquipélago de Trindade é um patrimônio natural e estratégico do Brasil, representando tanto desafios ambientais quanto oportunidades para a ciência.
Para chegar à ilha, são necessários entre quatro e cinco dias de navegação. O desembarque é feito de bote ou de helicóptero. No local, existe um posto avançado que é de responsabilidade da Marinha, além de uma estação científica e um posto militar.
Trindade também celebra a chegada do ano novo sempre primeiro do restante do país. Por lá, o fuso horário está à frente da hora oficial (horário de Brasília), assim como em Fernando de Noronha.
Ao todo, o Brasil possui quatro fusos horários. A ilha se encaixa no primeiro deles, que é válido também para o arquipélago Fernando de Noronha e outras ilhas atlânticas e é adiantado em uma hora em relação a Brasília.