Sarau lítero-musical comemorou aniversário de Rubem Braga
O cantor e compositor Bruno Nagô apresentou músicas inspiradas nas crônicas de Rubem Braga
No último domingo (12), completaram-se 112 anos do nascimento de Rubem Braga. Para celebrar esse ilustre cachoeirense, considerado o maior cronista brasileiro, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Semcult) de Cachoeiro preparou o projeto “Braganiano”, que homenageou o escritor com um sarau lítero-musica, na segunda (13), na Casa dos Braga.
O evento teve a apresentação do cantor e compositor Bruno Nagô, com a “Crônica Musicada”. Na oportunidade, houve a gravação de um clipe, com músicas inspiradas nas crônicas de Rubem Braga.
De acordo com a Semcult, o objetivo da apresentação, além de enaltecer a vida e o trabalho de Rubem Braga, é fomentar a cultura literária. A intenção é despertar nos mais jovens, principalmente, o interesse pela história local, destacando a importância da família Braga no desenvolvimento da cidade e, também, incentivar o uso de novas abordagens para a escrita, através da experiência apresentada pelos convidados, fomentando, assim, o prazer pela produção de texto, leitura e outras formas de artes.
“Estamos comemorando o aniversário de Rubem Braga com esse sarau literário, pois estamos empenhados em trazer mais cultura para a cidade, mantendo essa tradição. E tivemos uma deliciosa viagem com o Bruno Nagô nas crônicas, na obra deste ilustre cachoeirense”, afirmou Larissa Patrão, secretária municipal de Cultura e Turismo.
Rubem Braga
Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, em 1913, Rubem Braga iniciou sua carreira como jornalista, aos 15 anos, assinando crônicas no jornal Diário da Tarde. Ele também se formou em Direito, mas nunca exerceu a profissão. No jornalismo, no entanto, atuou em trabalhos muito relevantes – sendo correspondente de guerra junto à Força Expedicionária Brasileira, durante a Segunda Guerra Mundial; colaborando com diversos periódicos e participando, também, de antologias, como a “Antologia dos Poetas Contemporâneos”.
Em 1936, lançou o primeiro livro autoral de crônicas intitulado “O Conde e o Passarinho” e, em seu legado, o escritor deixou outras obras como “A Borboleta Amarela” (1955), “A Cidade e a Roça” (1957) e “As Boas Coisas da Vida (1988). O escritor morreu no dia 19 de dezembro de 1990, no Rio de Janeiro.