Lula não é mais um ‘player’ nas negociações entre Ucrânia e Rússia, e também não será com Trump, diz Zelensky
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, expressou recentemente críticas à postura do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em relação ao conflito entre Ucrânia e Rússia. Durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, Zelensky afirmou que “o trem do Brasil já passou” no que diz respeito à mediação de negociações de paz entre os dois países. Ele mencionou que, apesar de um encontro anterior com Lula, o presidente brasileiro não se tornou um parceiro ativo para encerrar a guerra.
Em ocasiões anteriores, Zelensky já havia demonstrado insatisfação com a posição do Brasil. Em maio de 2024, ele afirmou que o governo brasileiro prioriza a “aliança com um agressor”, referindo-se à relação com a Rússia. Além disso, em agosto de 2023, Zelensky criticou declarações de Lula sobre garantias de segurança para a Rússia, afirmando que tais declarações “não trazem paz nenhuma”.
Em resposta, o presidente Lula tem defendido a importância do diálogo e de soluções diplomáticas para o conflito. Em setembro de 2024, após críticas de Zelensky, Lula afirmou que “se ele fosse esperto, diria que a solução é diplomática, não militar”. O Brasil tem buscado manter uma postura de neutralidade, propondo a formação de um grupo de países para mediar as negociações de paz entre Ucrânia e Rússia.
Essas divergências refletem as diferentes abordagens dos líderes em relação ao conflito e às possíveis soluções para alcançar a paz na região.