Deputado quer explicações do DER sobre “curva da morte”
Obra não executada pelo governo no trecho de Soturno, que liga Cachoeiro e Vargem Alta, é alvo de questionamentos.
Depois de uma sequência de acidentes graves na Serra de Soturno, que liga os municípios de Cachoeiro de Itapemirim e Vargem Alta, o deputado estadual Wellington Callegari emitiu um requerimento de informações ao Departamento de Edificações e de Rodovias do Espírito Santo (DER-ES), órgão encarregado pela execução da obra.
Segundo o deputado, o projeto foi apresentado para a população, mas nada foi feito até o momento: “Em 2023, o governo do Estado reuniu os moradores e apresentou o projeto de construção da área de escape, uma medida que salvaria muitas vidas, caso já estivesse pronta e entregue à população. A obra não foi executada e os acidentes graves continuam acontecendo”, destacou.
Callegari também reiterou que já oficiou o órgão responsável e acionou o Tribunal de Contas-ES. “O DER precisa explicar as motivações da obra que não está sendo executada. Já se passou mais de um ano e a única ação do governo foi instalar radares no local. Por isso, solicitei ao Tribunal de Contas a apuração dos custos e o não cumprimento do prazo prometido. Não é o primeiro ofício que encaminho para o governo sobre os graves acidentes na Serra de Soturno e nada foi feito”, apontou.
Em outubro de 2023, o diretor-presidente do DER-ES, José Eustáquio de Freitas, esteve na EEEFM Zacheu Moreira de Fraga, em Vargem Grande de Soturno (Cachoeiro), apresentou o projeto aos moradores e informou que a área de escape teria cerca de 226 metros e seriam acrescidas mais duas pistas, num trecho de 4 quilômetros. Na época, a obra foi avaliada em cerca de 100 milhões de reais.
De acordo com o próprio DER, de 2017 a 2024, mais de 100 pessoas morreram em acidentes na Serra de Soturno, principalmente no trecho popularmente conhecido como “curva da morte”.
As obras não foram iniciadas e não têm nenhuma previsão para começar.