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Dia Internacional da Mulher Negra é comemorado no dia 25 de julho
Data é um momento de reflexão e fortalecimento voltado às mulheres negras e suas diversas lutas
O dia 25 de julho é conhecido internacionalmente como o Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, reconhecido junto à Organização das Nações Unidas (ONU).
No Brasil, na data também é celebrado o Dia Nacional de Tereza de Benguela. Tereza foi um líder quilombola que resistiu à escravidão durante no século XVIII, lutando pela comunidade negra e indígena que vivia sob sua liderança. Inclusive, foi sancionada pela Lei Federal nº 12.987/2014.
A população negra no país corresponde a maioria, mais precisamente 54%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desta forma, o 25 de julho não é apenas uma celebração, é um momento de reflexão e fortalecimento voltado às mulheres negras e suas diversas lutas.
Não apenas aqui, mas em diversos países, existem milhões de mulheres negras lutando para serem ouvidas, para alcançarem seus sonhos e mais do que isso, para serem respeitadas. Afinal, de onde alguns tiram que o respeito deve ser resumido ao tom da pele de alguém? Não deveria ser para todas as pessoas? Pelo jeito não é todo mundo que pensa assim.
A artesã Ana Paula Gouvea é uma prova de que o respeito tem sim cor. Negra e de família negra, Ana Paula sabe muito bem como é ser vista diferente, tratada diferente, ter que se esforçar sempre mais.
Com 34 anos, ela é artesã desde os 12 anos, quando através de uma iniciativa da comunidade em que vive, aprendeu a arte do artesanato. Atualmente, cursa graduação em Artes Visuais e conta que é a segunda mulher na família a se formar na faculdade.
Artesão autodidata, Ana Paula oferta oficinas de crochê no bairro Aeroporto, pois assim como aprendeu, entende a importância de ensinar. Em suas próprias palavras “ser mulher já é um desafio, mas ser mulher preta é um desafio maior ainda”.
“A estatística mostra que as mulheres pretas recebem menos, tem menos oportunidades de trabalho, menos acesso ao estudo. Muitas já nascem com o destino marcado, cuidam dos irmãos, depois cuidam dos filhos”, disse Ana Paula.
Ela conta que suas lutas acontecem todos os dias, que vive na pele o preconceito e tenta passar para os filhos essa vivência.
“Minhas lutas são diárias. É muito difícil encontrar oportunidades, se destacar em alguns cenários, ser reconhecida. Vivo na pele a diferença e a desigualdade social”, disse.
Ana Paula conclui dizendo: “Minha luta é essa e vai ser sempre, para vida toda”.
Outra mulher incrível que defende essa causa é a empreendedora, Josy Carla Soares Costa Vital. Ele também fala da importância desse dia. “Acredito que a data seja de grande importância para relembrar e fortalecer a história de luta da mulher negra”.
E ainda reafirma seu orgulho de ser mulher negra e da importância desse sentimento para as futuras gerações: “Tenho orgulho da minha cor e do meu cabelo. Me sinto no dever de passar isso para minhas filhas, que também já se orgulham ser pretas”.
Muitas pessoas não entendem sobre o racismo pois não sofrem com ele. Entretanto, é preciso que isso seja falado nas escolas, que aja conscientização. Ninguém nasce racista, eles aprendem a ser. A luta precisa ser de todos.