A SEGURANÇA PÚBLICA EM MEIO A CRISE ATUAL
Por Capitão Tadeu
O homem em sua trajetória existencial, necessitou se organizar em sociedade e para isso, preciso foi criar entidades de controle social para disciplinar “o homem lobo do próprio homem”. Assim para a pacificação de conflitos de interesses entre personagens da sociedade foram instituídos órgãos de segurança pública, Ministério Público, Magistratura e entidades correlatas.
Tudo pronto para dar certo, não fosse a índole do homem em se valer de atos quaisquer para angariar poder, riquezas e projeções pessoais a qualquer preço, que em muitas das vezes ferem a coletividade e desbancam as leis e instituições de controle em responderem a altura afim de garantirem a manutenção da supremacia do poder garantidor e regente da sociedade.
Vivemos em tempos difíceis em que a humanidade passa por crise econômica, política e ideológica e, que se não o bastante, se agravou com o surgimento da pandemia causada pelo Covid 19 que flui em meio a comunicação global tecnologicamente avançada, capacitada a fazer tramitar em alta velocidade todo tipo de informação idônea, bem como informações falsas para desestabilização das faculdades emocionais das pessoas e desestruturação da paz social.
Governos de todos os níveis focam no momento, naquilo que exige uma resposta especial a esse evento crítico sanitário por parte destes e para isto, contam com a maquina pública e seus agentes para operarem no terreno áspero que se tornou o ambiente social. Missão nada fácil, para o ser humano que imbuído da vontade de servir, que atua na promoção da paz, que tem a função de interagir com as comunidades, pacificar conflitos e fazer o bem, precisa estar na linha de frente para fazer valer dispositivos que são convencionados como métodos para o enfrentamento do avanço da praga que assola a humanidade.
Por outro lado o cidadão, trabalhador, empreendedor necessitando tocar seus negócios para a manutenção de seus investimentos e de suas famílias, precisando frear a suas atividades experimentando o gosto amargo da crise e em muitas das vezes se indignando, acabam por desencadeando sentimentos de revolta e entrando em conflito com os operadores de segurança e agentes de órgãos responsáveis de fiscalização do cumprimento dos decretos estabelecidos.
Assistimos a todos os dias, intervenções dos entes públicos de forma pacífica e atendida por parte do abordado e outras, conflituosas quando não há entendimento entre as partes, que por muitas das vezes requer maior contundência das autoridades, o que causa grande desgaste ao servidor que precisa cumprir com a missão e por parte da sociedade que já exausta, entra em estresse diante do que assiste.
Na verdade, adentramos em um cenário em que se exige por parte dos operadores de segurança e agentes coirmãos o desenvolvimento de habilidade supra homem social para o aumento das suas capacidades de mediar conflitos, pois o momento é especial e por parte do cidadão, a capacidade de enfrentar a crise com o desenvolvimento de estratégias para trabalhar de forma inovadora neste momento que também exige deste buscas para que desenvolva ações especiais.
Todos precisam ceder um pouco e chegarem ao um consenso para as coisas se equilibrarem. Tanto os governos como a sociedade precisam dialogar ao máximo e evitarem uma rota de colisão que poderá trazer consequências irreparáveis para os dois lados. Nesse momento conceitos de tudo que se construiu até hoje precisam ser revistos e novas atualizações repassadas a máquina pública para gerar a sociedade uma resposta à altura para promoção do bem de todos. É hora de aprender com a crise e fazer um novo acontecer, pois é impossível se obter resultados novos, fazendo as mesmas coisas velhas. Preciso ainda é cada homem dominar o lobo dentro de si e empreender esforços para se vencer essa guerra. Ninguém é tão forte quanto todos os homens juntos e de mãos dadas.