A Meta, empresa controladora do Facebook, está expandindo seus investimentos em tecnologia ao entrar no campo da robótica humanoide movida por inteligência artificial (IA). De acordo com um memorando interno divulgado recentemente, a empresa está formando uma nova equipe dentro de sua divisão de hardware, a Reality Labs, dedicada ao desenvolvimento de robôs humanoides capazes de realizar tarefas físicas semelhantes às humanas.
Para liderar essa iniciativa, a Meta contratou Marc Whitten, ex-CEO da Cruise, divisão de carros autônomos da General Motors. Whitten assumirá o cargo de vice-presidente de robótica e se reportará diretamente a Andrew Bosworth, diretor de tecnologia da Meta. Além disso, John Koryl, ex-CEO da The RealReal, foi nomeado vice-presidente de varejo, com a missão de aprimorar as operações de vendas dos dispositivos de realidade aumentada da empresa, como os headsets Quest e os óculos inteligentes Ray-Ban Meta.
A Meta planeja inicialmente desenvolver seu próprio hardware de robôs humanoides, focando em tarefas domésticas. No entanto, a ambição maior da empresa é criar a IA subjacente, os sensores e o software para robôs que poderão ser fabricados e comercializados por outras empresas. Essa estratégia visa alavancar as capacidades dos modelos de IA da Meta, conhecidos como Llama, para expandir sua presença nos mercados de robótica e realidade aumentada.
Esse movimento coloca a Meta em concorrência direta com outras gigantes da tecnologia que também estão investindo em robótica humanoide, como a Tesla, que anunciou planos para produzir 10 mil unidades de seu robô Optimus até o final de 2025. Além disso, startups como a Figure AI têm atraído investimentos significativos de empresas como Microsoft, OpenAI e Nvidia, refletindo o crescente interesse e potencial do mercado de robôs humanoides.
Apesar dos desafios financeiros enfrentados pela divisão Reality Labs, que registrou perdas substanciais nos últimos anos, a Meta vê o investimento em robótica humanoide como um passo estratégico crucial para seu crescimento futuro e para a consolidação de sua posição no campo da inteligência artificial e automação.