Aulas voltam a ser obrigatórias em Cachoeiro de Itapemirim
Alunos foram divididos em duas turmas e farão revezamento semanal. Foto: Márcia Leal/PMCI
As aulas presenciais voltaram a ser obrigatórias em Cachoeiro de Itapemirim, nessa segunda-feira (16), para estudantes da rede municipal de educação. Com isso, o rodízio funcionará da seguinte maneira: a turma será dividida ao meio, uma semana um grupo estuda presencial e o outro grupo remoto. Na semana seguinte, a turma que ficou em casa terá de comparecer à escola.
Fernanda Vigini, mãe de um aluno da escola municipal “Monteiro Lobato”, no bairro Alto União, disse que, apesar de ainda haver o receio causado pela pandemia de Covid-19, enxerga como necessária a volta obrigatória das aulas presenciais, especialmente, por causa dos alunos que apresentam maiores dificuldades de aprendizado. “As crianças necessitam estar no ambiente escolar para ter uma experiência mais completa e ter a interação com outros alunos e com os professores, o que contribui para o crescimento cognitivo delas”.
Outra mãe, Javeline Silva Sedan, reforça a importância do ambiente escolar no desenvolvimento dos alunos e destaca a preparação que as escolas têm apresentado para receber, com o máximo de segurança possível, os estudantes.
“Eu acho muito bom. Meu filho tem deficiência e, para ele, estar num ambiente com colegas e profissionais preparados e capacitados para dar a ele os conhecimentos de que precisa, é muito bom. Em casa, apesar de todos os nossos esforços, as crianças acabam ficando mais isoladas e desanimadas para aprender. Na escola, eles têm um local apropriado para isso. É importante que todos os pais tragam seus filhos”, disse.
Para receber os estudantes, as escolas estão preparadas com materiais e ações preventivas contra a Covid-19, como aferição de temperatura na entrada, tapetes sanitizantes e disponibilização de álcool em gel 70% para higienização das mãos. Além disso, todos precisam usar máscara – exceto as crianças de até dois anos de idade. Nas salas de aula, a capacidade é de apenas 50%.
A ocupação dos espaços físicos é controlada, com priorização de atividades em áreas externas e espaços amplos e arejados, adoção de cuidados quanto ao uso de brinquedos e estabelecimento de horários escalonados para intervalos e refeições. As pessoas responsáveis pela manipulação dos alimentos recebem capacitação quanto aos cuidados extras de higiene na preparação, armazenamento e distribuição das refeições.
Também foram afixados cartazes educativos contendo as normas para utilização dos espaços e os protocolos para garantir distanciamento social.
“Nós entendemos o receio de alguns pais em trazer os filhos, pois estamos mesmo num momento complicado há mais de um ano meio. Mas é importante esclarecer que, tudo o que é preciso as escolares fazerem, em termo de segurança sanitária, está sendo feito. Trabalhamos e continuaremos trabalhando para possibilitar um espaço seguro para os nossos alunos”, ressaltou o gestor da escola “Monteiro Lobato”, Alexandre Lopes.
Alunos com comorbidades
A obrigatoriedade do retorno presencial não se aplica às crianças de 0 a 3 anos e estudantes com comorbidades. Nestes casos, eles poderão optar pela continuidade das atividades não presenciais através de seus familiares ou responsáveis.
Para as crianças com comorbidades, é preciso a apresentação do laudo médico na escola.