CARTA ABERTA – Aprendendo a Viver com o Parkinson
Desde que decidi formar um grupo de pessoas com Parkinson, com o objetivo de uma vida melhor, que venho pesquisando sobre o assunto.
Primeiro precisamos saber o que é a doença de Parkinson.
A doença de Parkinson não tem cura, mas se diagnosticada precocemente ou descoberta no início da doença e começando o tratamento logo, talvez tenhamos tempo para alguma descoberta de uma possível cura.
Para retardar os sintomas poderíamos verificar como acontece a doença de Parkinson.
O nosso Sistema Nervoso Central é composto de cérebro que se localiza no crânio e medula que se localiza na espinha dorsal.
O nosso cérebro é composto de células que dão origem aos neurônios e a substância dopamina é que alimenta os neurônios.
E é a dopamina que atua nas áreas dos movimentos, da atenção, da emoção, do sono e da aprendizagem.
No instante que os neurônios começam a morrer, a dopamina para de ser produzida e consequentemente afetando as áreas do nosso cérebro dita anteriormente.
Então é a hora da nossa consciência funcionar e começar a procurar viver melhor perdendo o medo e a vergonha que muitos sentem.
Pra isso temos que classificar em que situação está o nosso Parkinson.
Existem 5 estágios de classificação
1° – Leve
2° – Leve
3° – Moderado
4° – Grave
5° – Muito Grave
O primeiro, LEVE, ainda quase imperceptível, apresenta coordenação comprometida, pequena rigidez muscular sem grandes alterações, um pouco de tremor mas ainda assim uma pessoa independente! Ainda não reconhece o Parkinson como algo presente na sua vida.
Segundo estágio, LEVE, já é possível um reconhecimento por parte do paciente. O equilíbrio, a rigidez, tremores, já estão incomodando. Alguns apresentam dificuldades na fala.
Segundo meu fonoaudiólogo, esse problema é o que dá maior percentual de internação dos doentes de Parkinson. Porém ainda é independente.
Terceiro, MODERADO, já precisa de auxílio, os sintomas se agravaram. É preciso fazer mudanças (adequações) na casa.
Quarto é o GRAVE, quando começa a perder a independência e é necessário tirar os tapetes da casa. Tem dificuldades de trocar a roupa.
QUINTO estágio, o paciente já não tem comando do seu corpo. Mobilidade reduzida. A rigidez provoca as maiores dores. Já se encontra acamado. Já não consegue fazer muita coisa.
Todo esse texto foi pesquisado em reportagens de entrevistas com Fisioterapeutas com especializações na área, explicações de médicos, através de simpósios e também passando a me observar e tentando me situar em qual estágio estou.
A partir desse momento devemos seguir para o ataque e não deixar o PARKINSON dominar. Para todos os estágios existe um modo diferenciado de tratamento.
Todos nós sabemos que uma andorinha só não faz verão. Mas que a união faz a força.
Obs: Devemos pensar na nossa e na próxima geração. Filhos, netos, bisnetos.
Obrigada,
Eny Mardegan Sardenberg