Em 2022, Brasil mostrou força nas modalidades olímpicas
Rebeca Andrade, Rayssa Leal e Filipe Toledo foram alguns dos destaques
Se o tão desejado hexa em uma Copa do Mundo de futebol masculino não veio no Catar em 2022, o ano foi de demonstrações de força do Brasil em outras modalidades olímpicas como a ginástica, o surfe, o skate, o judô e as maratonas aquáticas.
Uma atleta que teve um 2022 brilhante foi Rebeca Andrade. A ginasta de 23 anos, que garantiu duas medalhas olímpicas (uma de ouro no salto e uma de prata no individual geral) nos Jogos de Tóquio, foi o principal nome do Brasil no Mundial de Ginástica Artística disputado em novembro em Liverpool (Inglaterra). Na competição realizada na Terra da Rainha ela ficou com o ouro no individual geral e com o bronze no solo.
Outra jovem brasileira a alcançar o topo do mundo na sua modalidade foi Rayssa Leal. Também em novembro, mas no Rio de Janeiro, a maranhense de 14 anos garantiu o Super Crown (super coroa, na tradução literal) na prova final da Liga Mundial de Skate Street (SLS, na sigla em inglês). Com isso, ela se se tornou a skatista mais jovem a se sagrar campeã do circuito feminino da modalidade (disputada em uma pista com elementos de rua) e foi a primeira a vencer as quatro etapas da temporada. Antes ela venceu em Jacksonville, Seattle e Las Vegas (todas nos Estados Unidos).
O surfe é mais uma modalidade na qual o Brasil aparece com grandes possibilidades de brilhar nos Jogos de Paris, em 2024. Isto porque em 2022 o país garantiu o quarto título consecutivo da WSL (Liga Mundial de Surfe). Desta vez o troféu de campeão ficou com o paulista Filipe Toledo, que em setembro derrotou o potiguar Italo Ferreira em uma final brasileira no WSL Finals, na praia de Lower Trestles, na Califórnia (EUA).
Dentro da água, mas sem uma prancha, Ana Marcela Cunha conquistou pela sexta vez o título da prova de 10km do Circuito Mundial de maratonas aquáticas. O feito foi alcançado após a baiana terminar a última etapa do circuito, disputada em Israel, com a medalha de prata, garantindo o primeiro lugar na classificação geral do torneio. Além disso ela brilhou no Mundial de Budapeste (Hungria) com dois ouros (nos 5km e nos 25km) e um bronze (10km).
Também vale destacar o último ato na carreira de Nicholas Santos nas piscinas. Aos 42 anos, o paulista de Ribeirão conquistou o ouro nos 50 metros borboleta do Mundial em piscina curta, disputado em Melbourne (Austrália) em dezembro, e depois anunciou sua aposentadoria.
No judô o ano foi das mulheres, com a gaúcha Mayra Aguiar faturando um inédito tricampeonato mundial. A façanha ocorreu na categoria meio-pesado (78 quilos) do Mundial da modalidade em Tashkent (Uzbequistão), no qual Rafaela Silva alcançou pela segunda vez o topo do mundo na categoria até 57 quilos.
Nos esportes coletivos, o vôlei merece uma menção especial. Na praia, Duda e Ana Patrícia ficaram no lugar mais alto do pódio do Mundial de vôlei de praia após derrotarem as canadenses Bukovec e Brandie por 2 sets a 0 (parciais de 21/17 e 21/1), em junho em Roma (Itália). Já nas quadras, a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães conseguiu ficar com os vice-campeonatos na Liga das Nações e no Mundial mesmo passando por um processo de renovação no qual a ponteira Gabi e a central Carol aparecem como expoentes.
Para fechar vale falar da boa campanha da seleção masculina de basquete na AmeriCup, a Copa América da modalidade. O Brasil empilhou vitórias até a final, na qual acabou perdendo para a arquirrival Argentina. Apesar do revés por muito pouco na decisão, a equipe canarinho deixou uma boa impressão na competição disputada em Recife.
Fonte: Agência Brasil