Pazolini equilibra técnica e política e Prefeitura de Vitória ostenta resultados
Por Pedro Paulo Biccas Jr.
Quando eleito, com 58,5% dos votos, o novo prefeito da capital capixaba, Lorenzo Pazolini mostrou de imediato que sua gestão seria diferenciada. Antes mesmo de sua diplomação, deu o tom de seu governo ao mercado político. Anunciando os nomes da equipe de transição, Pazolini demonstrou ser um verdadeiro maestro da diplomacia. Exibiu características de um verdadeiro estadista.
De um lado o professor e doutor em contabilidade e fundador da Fucape, Aridelmo Teixeira, revelando um perfil extremamente técnico e qualificado para agregar aquela equipe. Por outro lado, um dos maiores articuladores políticos que o Espírito Santo já conheceu. Roberto Carneiro foi anunciado como coordenador da transição.
Devidamente diplomado, Pazolini estabeleceu seu time completo, compondo as pastas com a mesma parcimônia e critério que fez na equipe de transição. Para a Secretaria da Fazenda, ninguém menos que um dos melhores quadros técnicos da área. Assume a pasta Aridelmo Teixeira, Graduado em Contabilidade pela Ufes e doutor pela USP. Especializado em Auditoria e Controladoria e Mestre em Contabilidade Gerencial pela FGV.
Já para a Secretaria de Governo, tido como a secretaria chave, ou ainda secretaria mãe, o articulador e diplomata Roberto Carneiro, conhecido por seu temperamento agregador e congruente, mas também por trânsito livre em muitos pontos chaves no tabuleiro da grande política.
Roberto Carneiro sempre foi conhecido na cena política por ser um estrategista experiente e astuto. Atualmente Presidente Estadual do Republicanos, Carneiro foi por grande tempo, quiçá a maior parte dele, o fiel escudeiro de ninguém menos que Paulo Hartung. Com maestria diplomática para dirimir lides políticas do cotidiano das esferas do poder, Carneiro galgou degraus de confiança de diversas autoridades no Estado, ocupando, desta forma, cargos de alta relevância em respeitadas instituições.
Carneiro foi subchefe da Casa Civil com PH. Também atuou como secretário de Governo e Relações Institucionais na Prefeitura de Vila Velha, na gestão de Rodney Miranda. Na Assembleia Legislativa ocupou a Direção-Geral e também chefe de Comunicação Social da Presidência.
Já Aridelmo Teixeira, empreendedor nato, começou como catador de latinhas até chegar a Fundador da Fucape Business School, principal instituição de contabilidade financeira da América Latina. A Instituição ficou a frente, inclusive de universidades consagradas como Oxford.
O resultado não poderia ser outro, senão os elevados índices de aprovação que a Prefeitura Municipal de Vitória vem atingido bem como resultados de ações específicas. Só para se ter uma ideia, com corte de despesas, Vitória quer investir R$ 200 milhões por ano com recursos próprios.
Nos últimos anos, Vitória investiu com recursos próprios, menos de 1% de sua Receita Corrente Líquida. Para 2021, a gestão Pazolini herdou um orçamento com apenas 10 milhões para investir com recursos próprios para todo o ano de 2021.
Essa cifra, que em termos absolutos já se apresenta como irrisória para uma capital, soa ainda menor frente ao orçamento de R$ 2 bilhões do município. Com reformas estruturantes e reequilíbrio dos gastos, a nova gestão da Prefeitura de Vitória, em apenas 4 meses de trabalho, não só superou os investimentos com recursos próprios previstos no orçamento, com retomada de obras importantes paralisadas há mais de 12 anos, como também garantiu programas importantes de garantia de renda e emprego.
Tais como: a postergação do pagamento de ISS fixo e variável, IPTU, o programa AME – Amparo Municipal Emergencial, programa de garantia alimentar para os 43 mil estudantes da rede municipal, com a entrega de um quite de alimentação entregue a todos os alunos da rede e programa de cestas básicas.
Pazolini tem em mãos um casting de primeira. Infelizmente a política não é tão previsível quanto gostaríamos. Entretanto, se manter este perfil conciliador e sábio na escolha de seus conselheiros, o jovem prefeito de Vitória tem tudo para entrar para o livro dos grandes gestores do nosso Estado.