O Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Padre Giovanni Bartesaghi, que fica no bairro Santo André, em São Pedro, realizou a exposição “Povos Indígenas: respeitar a cultura indígena e valorizar nossas raízes!”. A atividade envolveu as turmas dos grupos 4, 5 e 6 (período integral), com apoio dos professores Aldione Santos Gonçalves (Arte), Bruno Feltmann Alves (Educação Física) e das pedagogas Hildelia Bodart e Simone Tupan.
A exposição foi resultado do projeto “Literarte: Literatura e Arte na Educação Infantil: Era uma vez… Vitorinha no mundo da imaginação”, que visa estimular o prazer pela leitura e escrita por meio de vivências lúdicas, incentivando a criatividade, a expressão artística e o contato com a cultura local. A proposta busca, ainda, trabalhar o ensino da história e da cultura de Vitória, valorizando especialmente as identidades dos povos indígenas e africanos que compõem as raízes da cidade.
Como parte da iniciativa, as crianças exploraram a cultura dos povos indígenas Tupiniquins e Guaranis, presentes no Espírito Santo, por meio de atividades interdisciplinares que uniram Arte e Educação Física. Na área artística, os pequenos produziram objetos típicos como ocas, pau-de-chuva, maracás e petecas, além de conhecerem comidas tradicionais e a história dos “costumes na lata”. Para essas criações, utilizaram materiais diversos e sustentáveis: casca de coco seco, serragem de árvores, papel reciclado, CDs, canos de papel, sementes, papelão, fitas coloridas e TNT.
Um dos destaques da exposição foram os espaços interativos, especialmente as “petecas flutuantes”, que encantaram crianças e adultos, promovendo integração e aprendizado de forma lúdica e sensorial.
Na Educação Física, o professor Bruno Alves trabalhou brincadeiras tradicionais dos povos indígenas, como a corrida do saci, terra e mar, Tobdaé (uma versão adaptada da queimada), além das partidas de peteca, com os materiais confeccionados nas aulas de Arte. Ele destacou a importância dessas práticas. “A inclusão de atividades que refletem a cultura indígena ajuda a valorizar a diversidade cultural e a promover a inclusão de diferentes grupos étnicos. Ao incluir brincadeiras indígenas em Educação Física, é possível ampliar a perspectiva sobre o aprendizado e a cultura, tornando a aula mais rica e significativa”, afirmou o professor Bruno.
A professora Aldione também ressaltou a relevância de trabalhar a arte indígena com as crianças. “A inclusão da arte indígena nas aulas é fundamental para o desenvolvimento cultural e social da criança, promovendo o respeito à diversidade e a valorização da história e dos conhecimentos tradicionais dos povos indígenas. A arte indígena serve como um veículo para a transmissão de valores, crenças e práticas ancestrais, enriquecendo a experiência educacional e estimulando a criatividade e a imaginação das crianças. Quando a criança cria, experimenta e se apropria de novos saberes, ela aprende brincando”, disse.