Fala, Mansur!
Arquivo e Biblioteca Pública não inundáveis
Apesar de todo o avanço virtual que temos nos nossos tempos pós-modernos, ainda perdurará por muito tempo a impressão em papel, principalmente quando se tratar de livros e materiais importantes para registro e resgate posterior da nossa História cachoeirense. (Sem contar que a maioria absoluta da comunidade mais pobre, principalmente jovens, nunca terá acesso pleno à modernidade digital, assim como – hoje – não podem comprar livros, sequer um livro mais caro, na atualidade. Tais jovens são os que frequentam as bibliotecas públicas).
Sendo assim, há de se resguardar e dar qualidade às nossas bibliotecas, principalmente quando se tratar de bibliotecas públicas, vez que são elas que atendem à maioria dos intelectuais dedicados às coisas e as causas públicas. Intelectual dedicado à coisa pública, quase sempre é desprovido de recursos para comprar obras raras, e são nas obras raras, geralmente, onde estão as informações mais importantes para quem quer ler e para quem quer recuperar nossa História, para que outros a leiam.
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No caso específico de Cachoeiro, a grande e definitiva verdade é que bibliotecas públicas, no sentido de resguardarem livros e documentos históricos, já não mais existem, consumidas que foram – por estarem em áreas inundáveis. Quase tudo virou lama, e vai virar lama muitas outras vezes, se o procedimento for o mesmo, tipo: – joga os livros enlameados no lixo, e colocam-se livros novos… no mesmo local, para serem inundados na enchente do ano que vem.
De outro lado, aqueles que podem adquirir, por compra a alto custo, tais livros e documentos históricos locais, quando o fazem, o guardam a sete chaves, para protegê-los, inclusive dos intelectuais “ladrões”. Só que, com o passar do tempo, com o envelhecimento natural desses tais intelectuais, esse material importante vai se perdendo, de outra forma, mas vai se perdendo.
Fato é que, daqui a poucos anos, também desaparecerão essas raridades. Resumindo tudo o que está aí em cima, no sentido de salvar nossa memória impressa, estou fazendo, aqui, sugestão, tanto para a atual administração pública municipal, quanto para aqueles e aquelas que querem se candidatar ao cargo de Prefeito(a), no futuro próximo.
É simples: – Nos fundos da Casa dos Braga e da Casa da Memória (dois imóveis tombados e destinados à nossa cultura, onde estão muitos livros e documentos, hoje) existem terrenos não muito grandes, mas não muito pequenos, que bem poderiam ser objetos de construções não tão grandes, acima de 3 ou 4 metros do nível da rua. De forma a abrigar, lá, a documentação da memória de Cachoeiro à qual estamos nos referindo, já que, com essa ideia, estariam guardados e à disposição dos leitores em local mais alto do que os imóveis “protegidos” e severamente inundados pelas últimas enchentes.
E tais terrenos no fundo podem ser muito bem aproveitados, com construções coerentes com a dos dois imóveis tombados e com a dos imóveis em redor, todos de construção simples.
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Além disso, já que ali estão os imóveis históricos do Centro Operário e de Proteção Mútua, da Loja Maçônica Fraternidade e Luz, do imóvel onde morou Bernardo Horta e da Casa do Estudante de Cachoeiro de Itapemirim, todo esse conjunto de imóveis, junto com a preservação da memória dos demais referidos, darão nova e melhor visão pública de toda a região, facilmente acessível com deslocamento a pé, a partir do Palácio Bernardino Monteiro, em recuperação, ou do Mercado São João, que pode ser recuperado também.
É muito passado bom para um futuro que não pode ficar para trás.
E quase finalizando, apenas para complementar e fixar ideias: – quando falo, também, em futura administração, pretendo, com isso, oferecer ideias aos futuros “Planos de Governo” dos próximos administradores – prefeitos(as), sejam quais forem. É, digo para eles, uma boa forma de se aproximarem dos futuros eleitores e, ganhando a eleição, melhor forma, ainda, de se perpetuarem, como prefeitos, na memória cultural de Cachoeiro, o que não seria pouco.
Sem nenhuma vantagem pessoal, e fixando-me apenas no futuro cultural de nossa Cachoeiro de Itapemirim, estou disposto a conversar seriamente com quem se interessar pelo aqui exposto – com qualquer deles. E em local público. Serve no Café Mourads, e sem segredo. E cada qual paga seu café. Vamos encarar?!
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