Um juiz federal dos Estados Unidos, Carl Nichols, emitiu uma ordem temporária impedindo o governo do presidente Donald Trump de colocar em licença remunerada cerca de 2.200 funcionários da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). A decisão foi tomada em resposta a uma ação judicial movida por dois sindicatos que representam os trabalhadores da USAID, argumentando que tais medidas não foram autorizadas pelo Congresso e poderiam causar uma crise humanitária global.
A administração Trump, com o apoio do empresário Elon Musk, havia planejado reduzir significativamente o quadro de funcionários da USAID, de aproximadamente 10.000 para apenas 600, alegando a necessidade de cortar gastos e combater supostos casos de corrupção e fraude dentro da agência. Essas ações incluíam o fechamento de escritórios, a realocação de trabalhadores humanitários e a suspensão de programas de ajuda externa, alinhando-se à política “América Primeiro” do presidente.
A USAID, fundada em 1961, é a principal agência de ajuda humanitária dos EUA, responsável por distribuir bilhões de dólares em assistência globalmente. No ano fiscal de 2024, a agência gastou aproximadamente US$ 32,5 bilhões em ajuda humanitária.
A ordem judicial de Carl Nichols impede temporariamente a administração de Trump de prosseguir com os planos de licença remunerada para os funcionários da USAID, mantendo o status quo enquanto o litígio continua. Esta decisão ocorre em meio a outras batalhas legais enfrentadas pelo governo Trump, incluindo tentativas de congelar subsídios federais e implementar políticas de imigração restritivas.