Léo Camargo e Ferraço: A Batalha Final pela Prefeitura de Cachoeiro
- Em uma eleição marcada por reviravoltas e surpresas, o cenário político de Cachoeiro se polariza entre dois nomes: Léo Camargo, o candidato jovem e promissor da Direita, e Ferraço, tentando mais uma vez, reconquistar o espaço perdido. No entanto, a grande questão que paira no ar é: será que o passado ainda tem força para ditar o futuro de Cachoeiro?
A campanha, até então incerta, ganhou novos contornos com a saída dramática de Júnior Corrêa, que, em um movimento repentino, decidiu abandonar a liderança nas pesquisas para seguir uma “chamada divina”. O povo de Cachoeiro se surpreendeu com a decisão, mas ficou ainda mais estupefato ao vê-lo retornar em poucos meses, agora como vice de Ferraço, uma aliança improvável e desconcertante para muitos que acreditavam na sua crítica ferrenha ao atual governo. O prefeito Victor Coelho comentou o episódio:
“Um cara que estava liderando as pesquisas e que tinha todas as condições para ser eleito. Uma atitude louvável e corajosa da parte dele. Jesus mesmo disse que a colheita é grande e poucos são os trabalhadores. Mas até que ponto ele estava sendo honesto? Porque se você tem um chamado, você abandona tudo e carrega a sua cruz. Retroceder de um compromisso tão sério tem que ter um motivo muito forte. Porque se Jesus foi o culpado pelo chamado, quem é o culpado de voltar atrás?”
Essa fala do prefeito sintetiza o sentimento de desconfiança que muitos eleitores passaram a nutrir em relação à coerência de Júnior Corrêa. Sua reviravolta inesperada abalou a confiança depositada por parte do eleitorado, o que abriu espaço para novos nomes ganharem protagonismo.
Ferraço, em sua defesa, justificou a escolha de Corrêa como seu vice com uma declaração que gerou ainda mais questionamentos:
“Você não vai ser padre, não vai ser bispo e muito menos papa, você vai ser meu vice pra ser discípulo de Jesus, pra ter a fé e a vontade de todos os que queriam ter você como prefeito.”
Enquanto isso, a candidatura de Ferraço, que até então parecia uma possibilidade remota devido às limitações de sua saúde, ressurgiu como um último esforço de seu grupo político. Um esforço, dizem muitos, não tanto para governar, mas para enfraquecer o pupilo Diego Libardi e pavimentar o caminho para o retorno de sua esposa, Norma Ayub, ao cenário político, mirando as eleições de 2026. Esse jogo de poder, porém, tem revelado rachaduras internas que começam a favorecer um novo protagonista: Léo Camargo.
Libardi, que antes se mostrava um candidato firme, desmoronou diante da pressão de concorrer contra seu mentor. Sem coragem de enfrentá-lo, viu seu eleitorado migrar gradualmente para a campanha de Léo, que desponta como uma força emergente, surpreendendo até os analistas mais experientes. O menino prodígio da Direita, como muitos já o apelidaram, assumiu a liderança nas pesquisas internas, mostrando que o povo de Cachoeiro está pronto para uma mudança genuína.
Enquanto isso, Lorena e Casteglione, representantes da velha guarda e apoiados por suas respectivas máquinas públicas, simplesmente não conseguiram decolar. Nem o apoio governamental atual nem a herança política do PT foram suficientes para convencer o eleitorado, que agora enxerga em Léo a chance de renovação e verdadeira transformação.
Nas ruas, a disputa se concentra em dois números: 22 e 11. Ferraço e Léo estão no centro das conversas, mas é Léo quem cresce, não apenas nas intenções de voto, mas também no reconhecimento de que ele é a única verdadeira alternativa para o futuro. Até mesmo pessoas próximas ao ex-prefeito Ferraço admitem, em conversas reservadas, que Léo é o único com capacidade real de virar o jogo.
Em uma eleição cheia de incertezas, uma coisa é certa: a vontade do povo é soberana. No próximo domingo, as urnas dirão o que as pesquisas não conseguem prever. E, como diz o ditado popular, “A voz do povo é a voz de Deus”. Que venha o novo prefeito de Cachoeiro de Itapemirim.