PF e Receita Federal realizam 2ª fase de operação contra fraudes com criptomoedas
Operação Kryptus apura irregularidades em empresa no Rio de Janeiro que fazia intermediação de operações. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal realizaram na manhã desta quinta-feira (9), dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva no Rio de Janeiro, contra acusados de praticar fraudes por meio de operações com criptomoedas. A ação faz parte da segunda fase da Operação Kryptus, que investiga a prática ilegal de pirâmide financeira.
A empresa, localizada na Região dos Lagos, atuava como se fosse um fundo de investimento, em que o investidor adquire uma quantia determinada de cotas e recebe rendimentos fixos. Entretanto, o mercado volátil das criptomoedas, que incluem os bitcoins, não é sustentável para gerar uma rentabilidade fixa aos investidores, isso implica na necessidade de expandir o esquema, encontrando novos clientes para pagar a rentabilidade aos antigos e assim, evitar o colapso do sistema. Desta forma, a empresa recorria a uma pirâmide financeira.
Além disso, o esquema gera enriquecimento dos mentores da pirâmide que, segundo a Receita, não declaram seus lucros.
Primeira Fase
Durante a primeira fase da operação, a PF apreendeu R$ 150 milhões em criptomoedas, a maior apreensão da história. Cinco pessoas foram presas, entre elas, Glaidson Acácio, proprietário de uma consultoria em bitcoins no município de Cabo Frio. Segundo as investigações, ele é suspeito de movimentar bilhões em um suposto esquema de pirâmide financeira, cuja promessa era um retorno de até 15% do valor investido pelos clientes.