PF prende líder de grupo criminoso envolvido em esquema milionário de fraudes contra o INSS
A Polícia Federal no Espírito Santo, a partir de investigação conjunta com a Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista e com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, deflagraram na manhã de hoje (7), a Operação Loki.
Trata-se de ação com vistas ao desmantelamento de um grupo criminoso dedicado a fraudar valores decorrentes de Benefício de Prestação Continuada (BPC), do Bolsa Família e do Auxílio Emergencial.
Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão sendo um na Serra e 21 em João Neiva, além do sequestro de bens dos investigados.
Em razão da peculiaridade das buscas e da necessidade de garantir a segurança e a integridade dos envolvidos, a ação contou com a participação de aproximadamente 95 Policiais Federais e Rodoviários Federais, além de quatro servidores da Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista do Ministério do Trabalho e Previdência.
O objetivo das ações de hoje, além do cumprimento das ordens judiciais, é a obtenção de novos elementos de prova que possam permitir o prosseguimento das investigações.
ENTENDA O CASO
As primeiras ações relativas à Operação Loki ocorreram ainda no ano de 2020, após a prisão em flagrante de três pessoas que tentaram sacar benefício do INSS de forma fraudulenta.
A partir de então, iniciou-se uma investigação que culminou com a descoberta de uma estrutura criminosa dedicada a este tipo de fraude.
Foi possível concluir até o presente momento que, além do líder do grupo, ao menos outras 38 pessoas utilizaram documentos falsos em nome de 114 pessoas fictícias e participaram de fraudes ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), ao Bolsa Família e ao Auxílio Emergencial.
De acordo com levantamento realizado ao longo dos trabalhos, a fraude gerou um prejuízo estimado de R$ 4.995.865,37 e, com a ação da PF e do INSS, foram evitados prejuízos da ordem de R$ 14.773.784,13. Esses valores podem ser ainda maiores, visto que os cálculos não abrangem as fraudes ao Bolsa Família e ao Auxílio Emergencial.
Crimes investigados
Os investigados responderão pelos crimes de Estelionato (Art. 171 do Código Penal) e de Lavagem de Dinheiro (art. 1º da Lei nº 9.613/1998) que, com suas penas somadas, podem chegar a mais de 23 anos de condenação.