Policiais civis fazem chá de fraldas para viúva de colega morto por Covid-19
Judson de Mattos faleceu em março deste ano por conta de complicações causadas pelo novo Coronavírus. Foto: Divulgação/PCES
Um grupo de policiais civis do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) realizou um chá de fraldas para a viúva do colega de profissão, Judson de Mattos, falecido em março deste ano por conta de complicações causadas pelo novo Coronavírus. Segundo a investigadora Cristina Massólio, a ideia surgiu após uma funcionária do Departamento de Promoção Social (DPS) da Polícia Civil sugerir a realização de um chá de fraldas para Priscila de Mattos, esposa de Judson, que está grávida de nove meses.
“Aqui na Polícia Civil, fazemos um trabalho de acompanhamento pré-natal com gestantes que fazem parte da corporação e com esposas e filhas de policiais civis. A Priscila estava fazendo o acompanhamento conosco, e a Nísia, que faz parte do DPS, sugeriu que fizéssemos o chá de fraldas para ela, que já está perto de dar à luz. Toda a equipe acatou a ideia e começamos a nos mobilizar”, disse Cristina Massólio, que ajudou a organizar a ação.
Cerca de 15 policiais, incluindo delegados, investigadores, agentes, escrivães, psicólogas e assistentes sociais participaram. Também houve a presença das equipes da Delegacia Especializada de Pessoas Desaparecidas (DEPD), Serviço de Investigação Especial (SIE) e Força Tarefa (FT), que eram as mais próximas de Judson de Mattos. Com exceção do DPS, todas as equipes que participaram da ação fazem parte do Departamento de Homicídios.
Os policiais arrecadaram fraldas, cadeira de alimentação e outros itens para o bebê, que foram entregues em um chá de fraldas. Para os organizadores, foi importante prestar apoio à Priscila, uma vez que a gestação é um período de muitas emoções, em que a mulher necessita de apoio afetivo e psicológico.
O momento compartilhado pelos policiais e pela gestante foi descrito como gratificante por todos que participaram. “Nós pudemos perceber o quanto isso alegrou o coração da Priscila, que ficou bastante emocionada e agradecida por tudo. É como se estivéssemos pegando na mão dela e dizendo: estamos aqui! Pode contar conosco!”, contou Cristina Massólio.