Por que a embaixada do Brasil foi atacada no Congo?
A Embaixada do Brasil em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo (RDC), foi atacada em 28 de janeiro de 2025 durante protestos relacionados ao conflito na cidade de Goma, no leste do país. Manifestantes, indignados com o avanço do grupo rebelde M23 e acusando a comunidade internacional de inação diante da situação, atacaram várias embaixadas, incluindo as do Brasil, Estados Unidos, França, Bélgica e Ruanda.
Durante o ataque, a bandeira brasileira foi retirada e levada pela multidão. O Itamaraty expressou “grave preocupação” com os incidentes e informou que os funcionários da embaixada brasileira estão bem. Além disso, orientou os funcionários a permanecerem em casa por precaução.
A insatisfação dos manifestantes está ligada ao avanço do grupo rebelde M23 em Goma e à percepção de conivência ou inação de nações estrangeiras diante do conflito. Isso resultou em ataques a várias representações diplomáticas em Kinshasa.
Atualmente, a Embaixada do Brasil está sob a responsabilidade do encarregado de negócios Cícero Freitas e conta com uma equipe composta por três brasileiros, três congoleses da RDC e quatro congoleses da República do Congo. A comunidade brasileira na região é pequena, formada principalmente por missionários.
O Itamaraty reiterou a importância do princípio da inviolabilidade das missões diplomáticas e a obrigação do país anfitrião de garantir a proteção do pessoal e das instalações da missão. O governo brasileiro confia que as autoridades congolesas tomarão medidas para controlar a situação e assegurar a segurança das representações diplomáticas.