O Brasil possui a terceira maior reserva mundial de terras raras, minerais essenciais para tecnologias avançadas como veículos elétricos, turbinas eólicas e eletrônicos. Atualmente, a extração é limitada, concentrando-se na produção de monazita em Buena, no Rio de Janeiro. Entretanto, estudos em regiões como Araxá, Morro do Ferro e Poços de Caldas indicam um potencial significativo para expansão dessa exploração.
O valor econômico das terras raras é notável. Por exemplo, o óxido de neodímio pode alcançar preços de até US$ 75.000 por tonelada, contrastando com o minério de ferro, avaliado em cerca de US$ 120 por tonelada. Projetos como o Projeto Caldeira, em Poços de Caldas, preveem investimentos de R$ 1,5 bilhão nos próximos três anos, com a expectativa de gerar 500 empregos diretos e 1.500 indiretos, impulsionando a economia local e nacional.
Para aproveitar plenamente esse potencial, o Brasil precisa investir em tecnologia e infraestrutura para a extração e processamento desses minerais, reduzindo a dependência de tecnologia estrangeira. Com uma gestão estratégica e investimentos adequados, o país pode se posicionar como líder global na produção de terras raras, diversificando sua economia e fortalecendo sua posição no mercado internacional.
Além disso, a exploração responsável e sustentável dessas reservas pode contribuir para o desenvolvimento de tecnologias limpas e renováveis, alinhando-se às demandas ambientais globais e promovendo um crescimento econômico sustentável para o Brasil.