Setor de rochas já registra prejuízos por falta de contêineres
Só em junho de 2021, entre 30% e 40% do que poderia ser exportado no país, deixou de ser por falta de contêineres e espaço em navios. Foto: Reprodução/Centrorochas
A pandemia afetou diversos segmentos, gerando falta de produtos e matérias-primas em alguns setores. Recentemente, o setor de rochas no Brasil vem enfrentando a falta de contêineres para exportação.
Em recente pesquisa realizada pelo Centrorochas e o Sindirochas, só em junho deste ano, foi registrado que entre 30% e 40% do que poderia ser exportado no país, deixou de ser por falta de contêineres e espaço em navios.
Segundo o diretor executivo do Centrorochas e do Sindirochas, Celmo de Freitas, a falta de contêineres é um problema já enfrentado há alguns anos, mas de forma bem mais amena e de curta duração. Entretanto, ele destaca que nem se compara ao atual cenário.
“O setor vem sentindo desde o último trimestre de 2020, pelo menos, a falta de espaço em navios e disponibilidade de contêineres para que pudesse fluir com suas exportações”, disse o diretor executivo.
A falta de contêineres está mais relacionada ao desequilíbrio do fluxo de importações/exportações do que a inexistência física, em todo o mercado, deste tipo de equipamento. Ou seja, não se trata da inexistência, mas da sua não presença nos locais em que estão sendo demandados, sendo necessária a movimentação de contêineres vazios para atender esta demanda, o que também estes dependem da disponibilidade de espaços nos navios.
A disponibilização de contêineres integra o serviço de transporte prestado pelos armadores, sendo que em nosso setor, no Espírito Santo, a maior participação de mercado é da MSC.
O Sindirochas, juntamente com o Centrorochas, vem atuando na busca de solução, mas acreditam que esta situação, com intensidade variada, ainda deverá ser sentida, pelo menos, no primeiro ou até segundo semestre de 2022.
“O Sindirochas e o Centrorochas, tem atuado junto aos atores envolvidos no processo de escoamento das exportações, bem como com autoridades públicas, na busca de soluções que a curto prazo possam reduzir os impactos sentidos, mas com vistas a soluções mais permanentes para o setor de rochas ornamentais”, concluiu Celmo de Freitas.