O HEVV oferece tratamento especializado para os pacientes atípicos há oito meses
Alessandra Ferreira conta como a sua rotina é difícil e exaustiva. Ela tem um filho de 11 anos, o Samuel Ferreira, que é nível 3 de suporte, o grau mais grave do Transtorno Espectro Autista (TEA). “Eu estou o tempo inteiro em alerta! Não posso deixar meu filho sozinho nunca. Um dia eu acordei e ele estava com álcool e fósforo nas mãos. Poderia ter acontecido uma tragédia”, fala a empreendedora.

Samuel é um dos pacientes do Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea) do Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV). Ele completou um mês de atendimento no Cetea, no dia 17 de março, e a mãe já sente a diferença.
“Agora meu filho está começando a melhorar! Ele está entendendo mais os comandos, está mais centrado, já tenta até escovar os dentes sozinho. As terapias são fundamentais para o tratamento dele e eu percebo como ajudam no desenvolvimento”, ressalta Alessandra Ferreira, mãe de Samuel.
O atendimento de Saumel é realizado duas vezes na semana e ele é acompanhado por terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, psicólogo e psicopedagoga. “Nossos pacientes são atendidos a partir de um plano terapêutico singular. Assim que eles chegam, via regulação SESA, nossos profissionais elaboram esse documento personalizado que contém as terapias que serão realizadas por cada paciente”, esclarece o coordenador do Cetea, Marcos Vinícius dos Santos.
Atualmente, o Cetea vem realizando mais de 5.000 atendimentos por mês. “Esse serviço é oferecido há oito meses para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Aqui, nós atendemos os pacientes e suas famílias porque entendemos que as mães e cuidadores também precisam ser acolhidos”, destaca Marcos Vinícius dos Santos.
Nesse mês de abril, o Hospital Evangélico preparou um simpósio que contará com a presença de vários profissionais que irão tratar sobre questões voltadas para o autismo. O evento será realizado no dia 16 de abril, no auditório da faculdade Multivix, em Vitória.
“Essa é mais uma oportunidade de sensibilizarmos a população sobre um assunto tão presente no nosso cotidiano. Além de oferecer tratamento especializado, também queremos contribuir com a promoção da inclusão e combater a discriminação”, ressaltou a diretora geral do HEVV, Melina Ferrari.