Crianças do Cmei Magnólia exploram a Ilha das Caieiras com fotografias

“Aqui tem um monte de lugar bonito para tirar foto!”. A frase de Agnes Cristina da Silva, de apenas cinco anos, ilustra o entusiasmo das crianças do Centro Municipal de Educação Infantil de Tempo Integral (Cmei TI) Magnólia Dias Miranda Cunha, localizado no bairro Ilha das Caieiras, em Vitória. Neste mês de junho, os pequenos do Grupo 6 iniciaram uma oficina de fotografia documental como parte do projeto institucional da unidade: “Ilha das Caieiras: seus Encantos, Amores e Sabores”. A iniciativa busca explorar a diversidade cultural do bairro por meio do olhar das crianças.

A atividade faz parte da oficina “Viva a nossa Ilha: Território de Saberes e Alegrias”, conduzida pela professora de Arte, Aline Meireles. As crianças, equipadas com os tablets fornecidos pela Prefeitura de Vitória e equipamentos doados especialmente para a ação, percorrem o bairro registrando paisagens, personagens e momentos que compõem o patrimônio material e imaterial da região.

Foto Divulgação

Crianças do CMEI Magnólia Cunha registram os encantos da Ilha das Caieiras por meio da fotografia

“A proposta é potencializar o protagonismo das crianças por meio de encontros e experiências com os saberes locais. Ao se conectarem com a história, a cultura e a natureza da Ilha das Caieiras, elas se apropriam desse território com sensibilidade, criatividade e respeito”, destaca a professora Aline.

Durante as aulas, além das saídas fotográficas, as crianças aprendem sobre temas como retrato, autorretrato e a história da fotografia, sempre de forma lúdica e integrada às vivências cotidianas do bairro. A diretora da unidade, Margarete Fiorin, reforça que o projeto busca valorizar os saberes tradicionais da comunidade. “Trabalhamos com a ideia de pertencimento e identidade. As crianças são protagonistas e aprendem a olhar para o lugar onde vivem reconhecendo suas belezas, sabores e tradições”, disse.

A Ilha das Caieiras é um dos bairros mais antigos de Vitória, conhecido nacionalmente pela rica culinária capixaba, especialmente pela famosa torta capixaba, além do trabalho das desfiadeiras de siri. Leonora Adelaide Ferreira, moradora há 58 anos e pescadora, se emociona ao ver o interesse das novas gerações por sua história. “Eu moro aqui há décadas e acho bonito as crianças valorizarem a tradição das desfiadeiras de siri. Nossa profissão é muito importante. Foi através desse ofício que realizei muitos sonhos”, contou.

As imagens produzidas ao longo do projeto serão organizadas em uma exposição fotográfica aberta à comunidade escolar, fortalecendo os laços entre escola, território e cultura local.

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