Com criatividade, pesquisa e trabalho em equipe, os estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Rita de Cássia Oliveira, localizada no bairro Resistência, estão prontos para lançar seus próprios foguetes na Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBF). O evento, de alcance nacional, promove a ciência de forma prática e divertida, desafiando os participantes a construir e lançar foguetes feitos com garrafas PET, utilizando pressão de ar comprimido.
Ao todo, oito equipes da escola participarão da competição, que exige planejamento, estudo e precisão. Desde o final de março, os estudantes vêm se dedicando à pesquisa e ao desenvolvimento dos protótipos, sob orientação dos professores, como forma de aplicar conceitos de física e matemática de maneira dinâmica e experimental.
Os testes de lançamento serão realizados nos dias 12 e 13 de maio, no campo de futebol de Resistência. Já o lançamento oficial acontecerá no dia 14 de maio, em um campo localizado próximo ao Centro Universitário Multivix de Vitória.
A participação na OBF é uma oportunidade valiosa para que os estudantes explorem o universo científico, desenvolvam habilidades como raciocínio lógico, trabalho em equipe e resolução de problemas, além de se aproximarem ainda mais do mundo da ciência e da tecnologia.
A expectativa é de que os resultados reflitam não apenas o desempenho técnico dos foguetes, mas também o empenho e o entusiasmo de cada grupo envolvido. A escola reforça, com essa iniciativa, seu compromisso com a educação científica e o incentivo ao protagonismo estudantil.
Segundo Ana Maria Santos, aluna do 7º ano, a experiência tem sido transformadora. “Está sendo uma experiência muito boa, porque nunca tivemos essa oportunidade antes. Está sendo legal, inclusive para nos unir mais como equipe. Pena que está chegando ao fim. A maior dificuldade foi colar as partes do foguete, lidar com a cola foi bem complicado. O que eu mais gostei foi justamente a união do grupo. Chegamos a pensar que não conseguiríamos, mas todo mundo se ajudou. Foi algo diferente, praticamos coisas novas, aprendemos muito, e isso nos motivou a querer melhorar a cada dia”, afirmou.
Já o estudante Guilherme Rangel, também do 7º ano, descreve a emoção de participar da Olimpíada. “Dá pra sentir no coração quando estamos montando o foguete. Sinto orgulho, como se estivesse dando um passo em direção ao futuro, como se pudesse ser alguém importante um dia. Isso deixa a gente feliz e muito grato por essa oportunidade. A parte mais difícil foi montar o foguete, tivemos que pesquisar várias coisas no Google. Mas eu gostei de tudo”, disse.
Para as professoras Larissa e Carol, a participação da escola na Olimpíada Brasileira de Foguetes é motivo de orgulho para toda a comunidade escolar. “Essa ação vai muito além do conteúdo curricular. Ela desperta nos estudantes o interesse pela ciência, promove o trabalho em equipe e fortalece a autoconfiança, a autonomia e o protagonismo juvenil.”
Segundo a diretora Elaine Vieira, no início muitos estudantes não acreditavam que seriam capazes de construir foguetes com materiais simples, como garrafas PET. “Ver o resultado final e o brilho nos olhos dos alunos ao ver o foguete pronto foi emocionante. Mostrou o quanto essa oportunidade fortaleceu o senso de autoestima de cada um deles, fazendo-os perceber que são capazes de ir além” finalizou.
A atividade também revelou talentos muitas vezes invisibilizados pela dinâmica tradicional da sala de aula. Alunos com dificuldades em disciplinas teóricas se mostraram extremamente habilidosos e dedicados, destacando-se na construção, nos testes e nos ajustes dos foguetes. Isso reforça a importância de práticas pedagógicas que valorizem diferentes formas de aprendizagem e inteligência.