Como fez a dona de casa Gemerssaria Rodrigues Medeiros, de 35 anos, que fez questão de participar e levar a mãe Zelita, 73 anos, e a filha de seis meses. Antes mesmo de ser questionada, Gemerssaria disse: “Aqui, neste espaço sou muito bem atendida. Minha mãe conta com o atendimento no domicílio feito pelo SAD (Serviço de Proteção Social Básica no Domicílio voltado para pessoa idosa e/ou com deficiência). Se continuar do mesmo nível já estarei muito satisfeita”.
Diante da resposta espontânea surgiu como natural querer saber se não tinha alguma outra expectativa, neste momento a dona de casa apresentou “brinquedoteca, porque tenho três filhas pequenas e, uma rampa para dar acessibilidade a minha mãe que tem mobilidade reduzida”, falou Gemerssaria.
Segundo ela, tudo que precisa para amenizar a situação da família tem conseguido via o Cras. “Só falta entrar com o pedido do BPC (Benefício de Prestação Continuada) para a minha filha que tem múltiplas deficiências. A aposentadoria da minha mãe consegui, mas tive que pagar um advogado. Isso porque onde eu morava no interior ninguém me explicou. Quando cheguei aqui me informaram que é um direito que ela tinha e o Cras poderia ter feito de graça o encaminhamento”, destacou ela.
Drica Monteiro disse que a expectativa é muito grande, porque “é a materialização de uma luta de muitos anos da comunidade. Existe toda uma história das famílias por trás dessa construção, por isso estou muito ansiosa”, comentou ela.
A coordenadora do Cras Inhaguetá, Danielle Merisio, enfatizou que o Cras é a porta de entrada das famílias à política de Assistência Social. “Garantimos o acesso a direitos sociais. O Cras não é só concessão de benefícios é de prestação de informações e orientação sobre direitos e políticas públicas. Além de ser um espaço de promoção da convivência, a socialização, o fortalecimento dos laços familiares e comunitários e oferta de possibilidades para alcance da redução e/ou superação da condição de vulnerabilidade das famílias”, destacou ela.
A secretária de Assistência Social, Soraya Manato, disse que a construção do novo Cras é mais uma demonstração da preocupação da gestão com o acesso das famílias à oferta dos serviços da política da Assistência Social. “Temos consciência de que o Cras é um um ponto de referência para as comunidades em todos os territórios da cidade. E ter uma obra construída para serCras é uma decisão importante desta gestão”, complementou ela.