Vitória recebeu a visita de parlamentares pernambucanos interessados em conhecer as intervenções da atual gestão em drenagem urbana. O deputado federal por Pernambuco Luiz de França e Silva Meira (Coronel Meira) e o vereador da cidade de Olinda Alessandro Barbosa Sarmento, estiveram visitando as obras na capital na última sexta-feira (13).
Acompanhados pela equipe de engenheiros da Secretaria Municipal de Obras (Semob) e da empresa que está executando as obras de macrodrenagem na Grande Santo Antônio, os parlamentares visitaram as instalações da mais nova estação de bombeamento de águas das chuvas da cidade, a Ebap Mário Cypreste, além dos dois reservatórios de contenção de águas das chuvas em Inhanguetá e Santa Teresa. As intervenções atendem os bairros Mário Cypreste, Santo Antônio, Inhanguetá, Estrelinha, Grande Vitória, Universitário e Santa Teresa.
Engenheiro civil com especialização em gestão e regulação de recursos hídricos e vereador em Olinda, Alessandro Sarmento se disse impressionado com o que viu e motivado a replicar o tratamento que a prefeitura de Vitória dispensa à drenagem urbana do município.
“Nós tínhamos conhecimento do êxito que vocês tiveram aqui na implementação de uma técnica correta. Somos de uma região abaixo do nível do mar, que tem vários desafios, inclusive com o avanço da maré, lá na região metropolitana do Recife. Temos problemas de alagamentos e a gestão não dá a devida atenção. Então a gente veio fazer esse intercâmbio e retornamos com bastante informação. Certamente o pessoal de Vitória será convidado para falar do caso concreto de vocês e, quem sabe, Olinda dá enfrentamento correto na questão da drenagem urbana da cidade”, disse.
As 18 bacias de drenagem beneficiadas com obras de macrodrenagem têm origem em ocupações irregulares sobre manguezais aterrados a partir do final da década dos anos 80 até o início dos anos 2000. Assim, sofrem grande influência da maré, apresentando alagamentos mesmo em período de estiagem, aumentando o risco de alagamentos durante chuvas fortes.
Os recorrentes alagamentos afetam a saúde e o bem-estar da população, além da mobilidade, e provocam a destruição de propriedades e benfeitorias. Os sistemas de drenagem existentes estão subdimensionados e não atendem aos novos conceitos do manejo das águas urbanas, como o controle das águas na fonte.
As intervenções nessas bacias são:
• Dois reservatórios de contenção (Santa Tereza e Inhanguetá);
• Estação de bombeamento Mário Cypreste;
• 4,0 km de galerias em 16 ruas de nove bacias de drenagem.
As intervenções a serem propostas visam agregar os seguintes benefícios à região:
• Proteger as vias públicas e a comunidade em geral de alagamentos decorrentes das precipitações pluviométricas e do aumentos das marés;
• Possibilitar a mobilidade urbana mesmo em dias de precipitações pluviométricas mais elevadas;
• Integrar soluções de drenagem com a paisagem e utilitários urbanos;
• Promover saúde e bem-estar social.
Somente na atual gestão (2021/2028) são R$ 618,7 milhões em investimentos – sendo R$ 364 milhões com recursos próprios e R$ 254,7 milhões com recursos federais -, assim distribuídos: R$ 470,1 milhões de investimentos em obras de macrodrenagem e R$ 84 milhões em contenção de encostas e R$ 64,6 milhões habitação.
Obras de macrodrenagem (R$ 470,1 milhões)
As três grandes intervenções a seguir representam R$ 470,1 milhões em investimentos na macrodrenagem.
Está em andamento o maior investimento em macrodrenagem da história da capital em um único contrato: é a macrodrenagem da Grande Santo Antônio (R$ 139,6 milhões), que beneficia os bairros Mário Cypreste, Santo Antônio, Inhanguetá, Estrelinha, Grande Vitória e Universitário.
O segundo contrato em vigor é a requalificação das cinco estações de bombeamento de águas pluviais (R$ 93.872.061,58). Elas controlam o nível das águas das chuvas nas galerias de macrodrenagem da cidade, evitando ainda que a maré alta entre nas galerias, provocando alagamentos em períodos secos.
Todas foram construídas há mais dez anos e apesar das manutenções constantes possuem equipamentos obsoletos, que estão no limite operacional na prevenção de alagamentos. Faz parte da requalificação a construção, instalação e comissionamento de um centro de comando de operações que vai operar todas as estações como um único sistema.
Esses contratos integram o Programa Águas de Vitória que prevê, ainda, obras de macrodrenagem nos bairros Ilha de Santa Maria, Cruzamento, Monte Belo, Jucutuquara e Fradinhos, cujo orçamento é de R$ 236,7 milhões para construção de galerias e reservatórios de contenção.
Essa terceira intervenção foi selecionada – e o pedido está sob análise – pelo Ministério das Cidades na modalidade Eixo Cidades Sustentáveis e Resilientes, Subeixo Prevenção a Desastres – Drenagem Urbana, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento – Novo PAC, para receber financiamento do total orçado.