Com trilhas, dinâmicas sensoriais e contato direto com a natureza, estudantes da rede municipal estão descobrindo, na prática, o valor da Mata Atlântica para a cidade e para suas próprias vidas. A iniciativa faz parte do projeto “Mata Atlântica: Floresta que Ensina”, que alia educação ambiental, pertencimento territorial e cidadania ecológica, conectando alunos ao maior fragmento verde da capital capixaba.
Nos dias 14 e 29 de maio, aproximadamente 70 estudantes dos 7º e 8º anos da Escola Municipal de Ensino Fundamental em Tempo Integral (Emef TI) Edna de Mattos Siqueira Gaudio, localizada em Bento Ferreira, participam de uma vivência no Parque da Fonte Grande, por meio do projeto desenvolvido no Centro de Educação Ambiental da unidade.
A ação está inserida no projeto pedagógico da escola “Territorialidades: conhecer e cuidar”, conduzido pelas professoras Penny Kopernick (Biologia), Fábia Regina Serra (Geografia), Rosileni Evaldi (Educação Física) e pela pedagoga Dileusa Moura. O objetivo é refletir sobre o conceito de territorialidade e promover a conexão dos alunos com o ambiente onde vivem.
Trilhas
Nesta quarta (14), alunos dos 7ºs anos participam das trilhas da Pedra da Batata e do Caracol, que levam aos mirantes do Sumaré e da Cidade. Do ponto mais alto do Maciço Central – a 308 metros de altitude – os estudantes poderão observar Vitória sob um novo ângulo, compreendendo o papel da floresta urbana na preservação ambiental e na qualidade de vida da população.
Durante o percurso, os alunos têm contato direto com a fauna e flora da região. As trilhas são conduzidas pelo geógrafo e educador ambiental Wilson de Souza e pelo estagiário de Biologia Gladson Alvarenga Lima. As atividades incluem dinâmicas como “O que dizem os sons da floresta?” e a “Bússola humana”, que estimulam a observação, a escuta e a reflexão sobre a relação entre o ser humano e o meio ambiente.
“Ao vivenciarem esse espaço de educação não formal, os estudantes desenvolvem um sentimento de pertencimento e passam a valorizar a importância socioambiental da floresta que cerca seus bairros”, destaca o educador Wilson de Souza.
InterageVix
Além da vivência prática, o projeto contempla ações educativas complementares. Os estudantes receberam 200 cartilhas com conteúdos sobre os ecossistemas da cidade, como Mata Atlântica, manguezais, restinga, água e resíduos. Através do portal InterageVix a escola também tem acesso a vídeos, desafios digitais e outros recursos que reforçam o aprendizado.
Exposição fotográfica
Entre os dias 24 e 27 de junho, a escola receberá a exposição “Mata Atlântica de Vitória: diversidade nas paisagens, em múltiplos olhares”. A mostra contará com fotografias, mapas e imagens da biodiversidade local, além da mediação de educadores ambientais do Parque da Fonte Grande.
As ações fazem parte da estratégia de fortalecimento da educação ambiental nas escolas do entorno do Maciço Central, promovendo o vínculo dos alunos com o território, a valorização do patrimônio natural e o estímulo à cidadania ecológica. O projeto “Mata Atlântica: Floresta que Ensina” pode ser acessado por meio do InterageVix, disponível no portal da Prefeitura de Vitória.
